Nos finais de quarenta, a licença para fazer aguardente seria de 43$00. Daí o costume de fazer a aguardente de medronho em Janeiro e Dezembro de um mesmo ano, beneficiando de uma só licença para dois anos de produção. A alternativa seria utilizar, pagando poia em aguardente, um alambique licenciado. Este poderia situar-se em localidade distinta, o que implicava transportar a massa e a lenha para lá. Actualmente, o alambique tradicional coexiste com a alquitarra, que tem a vantagem de funcionar a gás. Dizem que faz excelente bagaceira, mas não medronheirra, visto agarrar a massa ao fundo.
Lisete de Matos (texto e foto) Dos Ojectos para as Pessoas (2007)