Em 11 de Agosto de 1899 "uma violenta trovoada reduziu esta povoação à miséria", como nos relembra uma lápide na capela de São José. E, em 1991, um dos maiores incêndios florestais da região destruiria algumas habitações da povoação.
O acesso rodoviário à povoação é um marco bem vivo na memória colectiva dos malhadenses, pelo trabalho arrojado empreendido e por os ter tirado do isolamento em que viviam. Seria a primeira povoação da freguesia a ficar ligada à estrada nacional. De " A Verdade Histórica", de Acácio Ramos da Natividade, escrita em Março de 2003: «Os malhadenses ao terem conhecimento que o projecto da lendária estrada Rolão-Colmeal não contemplava ramal para a Malhada, constituíram um movimento com o fim de tentarem desbloquear a situação (...) Quatro elementos desse movimento, João Nunes de Almeida, António Silva (Silva do Vale Sobreiros), António de Almeida e Manuel da Costa Reis, afastaram-se, criando a "Comissão Pró-Estrada da Povoação de Malhada", tendo como sede provisória na Rua de Santa Marinha, nº 4, em Lisboa. Uma aurora nasceu para o povo de Malhada e Casais!. Só quem acompanhou no quotidiano o trabalho desenvolvido, pode avaliar a alma dum povo, que esses homens simbolizavam quase no seu todo os naturais de Malhada e Casais anexos. (...) Daria origem à constituição da Comissão de Melhoramentos, tendo a primeira Assembleia Geral, na presença 28 associados e de muitos outros malhadenses,sido realizada no dia 13 de Novembro de 1953, na Rua da Palma, nº 168, 1º, no tempo sede do Sindicato dos Ajudantes de Farmácia. Foram eleitos José Maria de Almeida , como Presidente da Assembleia Geral, e João Nunes de Almeida, como Presidente da Direcção (...) Para a estrada Selada da Eira-Malhada, talvez por falta de um pequeno estudo, aproveitou-se com alterações a estrada carreteira já existente, o troço Lomba do Soito-Barroca do Carrimá, contribuiu muito para descapitalizar a Comissão de Melhoramentos, parou uns metros abaixo do Ribeiro, por falta de verba... Resolveu-se pedir ajuda à Florestal (...) não demorou muito tempo que a construção da estrada recomeçasse a expensas da Florestal e se concluísse atá à escola (...) Malhada foi a segunda terra da freguesia com acesso a viaturas motorizadas...»
A sua vida comunitária está patenteada na antiga levada, começando na Quinta de Melide e acabando num poço da Malhada, construída há muitas gerações, por doze pessoas, cujos descendentes continuariam a repartir equitativamente a utilização da água transportada.
À Comissão de Melhoramentos e a outras comissões constituídas, estiveram sempre contemplados os casais Carrimá, Foz da Cova e Quinta de Belide,
População residente, de acordo com as estatísticas oficiais: 1911 - 175; 1940 - 166; 1960 - 124; 1970 - 34; 1981 - 51; 1991 - 42; 2001 - 22