Invocação de Nossa Senhora da Glória. Particular, de iniciativa de Augusto Antunes Garcia, da Várzea Pequena, para cumprimento de uma sua promessa. Inaugurada e benta em 7 de Setembro de 1916.
Candosa
Invocação deNossa Senhora da Candosa. De acordo com Pinho Leal, a capela era antiquíssima, tendo sido o retábulo e a nova imagem da Senhora mandados fazer em 1705 pelo padre Manuel Baião de Andrade, que mandou reparar toda a ermida. Mais diz que se viam ainda muitas pedras faceadas e com restos de cal, o que denota ter existido remota povoação ou fortaleza. Apenas por curiosidade, dou a notícia daquele escritor. A Comarca de Arganil, de 22.6.1948, informa que a nova capela foi inaugurada em 15.8.1898, pelo pároco Francisco Ferreira de Carvalho Lucas, do Conchel, Santo André de Poiares, tendo sido dos principais benfeitores a concorrer para tal construção, D. Ana Victória de Figueiredo e Queiroz e seu sobrinho, Dr. Diogo Barata Cortez. Na fachada tem a data de 1898 e na sacristia está um quadro com os nomes dos membros da comissão que levou a obra a efeito e que são: o já referido pároco, Artur Augusto Cortez, Comendador António Marques Monteiro Bastos, António Antunes Garcia, Joaquim Luís de Figueiredo, António de Sousa Gomes, José Baptista Rodrigues, António da Costa Garcia, José Maria da Costa, Joaquim Antunes Garcia Júnior, José de Matos Garcia, António Dias Duarte, Francisco Rodrigues, José de Oliveira, Francisco Marques Luís, José Joaquim de Carvalho e José João Barata. Nas festas do 8º centenário da nacionalidade, em 1940, foi colocado um cruzeiro de grés vermelho da região, com uma placa alusiva. Ao lado da capela existiu uma casa que servia de abrigo e recolha nas ocasiões de festa, que foi mandada demolir pelos serviços de turismo, que há anos mandaram fazer vários miradouros no Cerro. A capela e a casa da hospedaria foram reparadas em 1824. Dia de Festa em 15 de Agosto.
Carapinhal
Invocação deNossa Senhora da Conceição. Foi benta a 29 de Setembro de 1968, pelo pároco da freguesia Padre Fernando Ribeiro. Construída por subscrição pública, sobre as ruínas da capela anterior,a qual, por sua vez, já não estava no local da primitiva capela. Recordando a sua história: “Em 1802 foi benta pelo pároco da freguesia, José Feliciano Soares,a capela que se situava, desde remota data, no largo onde actualmente se encontra o chafariz. Esta reedificação foi feita por benemerência de Bernardo Duarte, natural do lago. Depois, como no lugar de Telhada, já em 1808, se encontrava ali em ruínas a capela existente, e de invocação a Santo Amaro, foi então completamente demolido o templo, tendo transitado o retábulo para a capela do Carapinhal, de invocação a Nossa Senhora da Conceição. Mais tarde, talvez por necessidade de utilização do largo onde se situava a capela, esta foi transferida para o fundo do largo onde foi construída a actual. Aqui se manteve durante muitos anos, em humilde e pequeno edifício muito arruinado. Em 1955, reatou-se a tradição da festa de homenagem a Nossa Senhora da Conceição e que há muitos anos não se realizava (…) a capela em breve assumiu o aspecto de ruína (…) foi pois esta capela construída no local da anterior, ao fundo do qual havia a anterior, ao fundo do largo, que agora foi inaugurada.” (Armando Simões, 1968, no Jornal de Arganil)
Chão dos Santos
Invocação de Santa Bárbara. Reedificada e benta em 29.9.1923. Inicialmente situava-se junto à antiga fábrica de cerâmica, depois transferida para o local actual.
Chapinheira
Invocação de Nossa Senhora da Salvação. No Cabeço da Chapinheira. Particular, embora tenha estado sempre ao serviço do culto público. Mandada construir em 1903 por Ana Justina Dias, casada com Manuel Soares Baptista, com Licença Episcopal dada pelo Bispo de Coimbra em 4.3.1903. Restaurada e benta em 23.12.1926. Em 23.1973 seria inaugurado o novo edifício, construído sobre os alicerces da antiga, por iniciativa de António Baptista Lima e seu irmão Belmiro Baptista Lima, com ajuda da população local.
Cidreiros (ou Vale do Cuco)
Invocação deNossa Senhora da Boa Morte. Mandada construir por Dr.António Alberto Torres Garcia e suas irmãs, Maria da Nazaré Torres Garcia e Júlia Garcia Baeta, na sua propriedade, em 1936, data que se encontra na frontaria. Foi entregue à Comissão de Culto Católico da freguesia. Do Auto de Benção: « (…) Aos dois dias do mês de Janeiro do ano de mil novecentos e trinta e oito, compareci no referido local [Cidreiros], reunido da respectiva Licença do Exmo Senhor Bispo Conde e procedi à bênção da referida capela, conforme ordena o Ritual de Paulo Quinto. Em seguida, foram colocadas as imagens de Nossa Senhora de Fal, digo,de Santa Terezinha do Menino Jesus e de São Bento. Foi celebrada missa cantada e pregado um sermão (… - irreconhecível)ali foram conduzidas processionalmente as referidas imagens para a sua Capela. E para constar, lavrei este auto que vou assinar e bem assim muitas outras pessoas presentes.» (assina Padre Caetano Lucas dos Reis e 31 testemunhas).
Linteiro
Invocação de Nossa Senhora do Carmo. Foi edificada nos anos 40 do século XX, com intenção de ser dedicada a São Salvador do Mundo, mas ficando incompleta. Por subscrição pública, foi concluída em 1965, ano em que foi benzida, tendo então sido preferido invocação a Nossa Senhora do Carmo.
Mata
Invocação de Nossa Senhora da Ajuda. Mandada construir pela família Monteiro, em cerca de 1960. Autorizado pelo Bispo de Coimbra, desde que funcionasse como Casa Mortuária.
Monteira
Invocação de São Simão. Reparada em 1902. Reedificada e benta em 19.11.1933.
Sacões
Invocação de Santo António.
Telhada
Invocação de Santo Amaro. Construída cerca de 1985, pela população local. Praticamente nunca abriu para culto. Em tempos idos, havia outra capela, situada noutro local, de que não se tem elementos identificativos.
Várzea Grande
Invocação deSão Sebastião. Era particular, da casa anexa, conhecida por Casa do Mártir, mas em 1911 fo iarrolada pela comissão dos bens cultuais e o seu proprietário nunca reclamou, tendo assim passado a ser pertença da Igreja. Tem uma imagem de pedra de “Santo António-1650” e um retábulo de madeira do lado direito, à entrada.A sineta tema marca: Bellas Rua dos mestres Lisboa
Várzea Pequena
Invocação de Santa Isabel. Foi repintada em Setembro de 1808, pelo pintor Manuel Ricardo da Costa. Dele diz o tombo da igreja “o pintor Ricardo que era então affª do Vigº… pelo seo pincel que era de Rubens”. Foi reedificada e benta em 23.10.1926, a expensas de Fernando Garcia.
CAPELAS EXTINTAS Murtinheira Invocação de São Silvestre. Situava-se, junto ao rio Sotam, na sua margem direita. Diz-se que terá sido levada por uma enxurrada do rio, ficando apenas suspensa a imagem do santo.
Várzea Grande, Quinta da Costeira Invocação de Nosso Senhor da Agonia. Mandada fazer pelo abade Dr. Bento Lopes de Carvalho, na sua Quinta, conforme escritura de 29 de Maio de 1747. Foi benzida em 18 de Outubro de 1748, pelo pároco da Várzea, Joaquim Rodrigues da Fonseca. Da licença para a benção, datada de 17 de Outubro daquele ano, consta: “… benza… cappella que a primis fundamentis mandou fazer o Rdº Dr. Bento Lopes de Carvalho Abbe. Re. Servatrº de Sam Thome de Cubelloos Bispdº do Porto, e mor na sua Quinta da Segunda Vargea de Goes com a invocação de Nosso Senhor da Agonia cuja capella esta dentro da quinta do mesmo Rdº…” (doc. nº 272 da colecção de Mário Ramos). Foram feitas obras em 1878, tendo então aparecido dinheiro escondido na cimalha, junto ao tecto, que os operários roubaram. Era voz pública que ali o esconderam pessoas que tiveram de fugir ante os franceses ou foram combatê-los. Junto ao primeiro degrau para a capela estava o túmulo da família, coberto depois pelo pavimento a cimento, mandado fazer por Artur Cortez. (Notas de Mário Ramos). No local da capela, depois da Quinta ter sido vendida pela família, funcionaria durante anos uma carpintaria, de Joaquim Carvalho.