Origem, localização e vida Existe uma divertida história antiga acerca da origem do nome da aldeia. Conta-se que a aldeia se chamava apenas ‘Corte’. Mas uma vez, há muito tempo, um residente da aldeia deslocou-se para o mercado de Góis para aí comprar uma suína. No regresso a casa, reparou que a suína era cega. Assim o aldeão disse para o animal: ”Caminha para Corte, cega!” Conta a história, que daí em diante, a aldeia ficou conhecida como Cortecega. Situada no coração de Portugal, é uma pequena aldeia do concelho de Góis, Distrito de Coimbra (cidade dos Doutores), região Centro e sub-região do Pinhal Interior Norte. Fica a 4 km da vila de Góis e a 45 km da cidade de Coimbra. Tem o privilégio de estar rodeada por vales e montes verdejantes e é constituída por uma mistura encantadora de velhas e novas casas, umas ainda de xisto, outras pintadas de branco, amarelo e azul. A Rua Principal desce ziguezagueando para uma velha praça por entre edifícios de xisto. Ainda que a aldeia tenha poucos habitantes (11 residentes permanentes) apresenta um ambiente activo e com a dinâmica própria do mundo rural. As pessoas tratam das suas tarefas diárias e param para conversar uns com os outros. Os habitantes são, na sua maioria, idosos pensionistas, mas que praticam agricultura de subsistência ou agricultura familiar, cuidam dos animais e ainda cozem a broa no forno de lenha. Rara é a família que não tem uma parcela de terra ocupada por batatas, alfaces, couves de diversos tipos, feijão (seco e verde), milho, trigo, árvores de fruto: cerejeiras, macieiras, pereiras, videiras... Muitas famílias fazem também criação de animais: ovelhas, cabras, galinhas, abelhas, resultando daí inúmeros benefícios, por exemplo, carne, mel leite, ovos, bem como a produção de estrume que é um excelente fertilizante dos terrenos agrícolas. Há uma capela no meio da aldeia, dedicada à Nossa Senhora das Neves e a antiga ‘Eira do Povo’ que depois de restaurada é agora a área das festas verão. Recebe vem quem a visita, agora com poucos habitantes. Mas, já teve muita gente, chegou a haver um grupo folclórico com cerca de 30 elementos todos desta aldeia, percorrendo o país representando assim as suas tradições. Éramos e somos todos uma família.