Invocação de Nossa Senhora do Amparo. Segundo a História oral, a primitiva capela, situada onde agora é o chafariz, terá sido erguida no século XVII, por um emigrante brasileiro, de nome Domingos, ligado a Corterredor (há placa antiga no exterior, deteriorada). Na década 30 do século XX., foi reconstruida no actual local, por Alberto Braz (consta em placa na fachada exterior) e inaugurada em 1937. Da capela antiga seriam transferidos, entre outros, o campanário, o altar, a arca, os paramentos e os castiçais.Com pequeno púlpito e sacristia lateral.
Cimo de Alvém
Invocação de S. Domingos de
Gusmão. (Construída no século XIX?)
Bordeiro
Invocação de São Salvador do Mundo. A data conhecida mais antiga é 1770, como atesta um seu Livro de Contas. Ali foi constituída, a 28 de Setembro de de 1902, a Irmandade de S. Salvador do Mundo de Bordeiro, que ainda hoje é um dos grandes símbolos da aldeia e povoações limítrofes.
Carcavelos
"No início deste século, uma peste alastrou por Portugal (...) Porque começaram a aparecer muitas vítimas por todo o país, a população de Carcavelos uniu-se e todos juntos decidiram fazer uma promessa que se tornaria bastante importante. Essa promessa consistia no seguinte: se ninguém fosse atingido pela peste e nada de negativo por causa dela acontecesse, seria construida uma capela (...) A peste, passado algum tempo, diminuiu e desapareceu, não afectando, em Carcavelos, nada nem ninguém. Mas a promessa ficou..."
Caselhos
Invocação de Nossa Senhora da Boa Sorte. Esteve para ser seu patrono, Santo António, o mesmo santo da vizinha aldeia de Sacões, onde no passado os habitantes de Caselhos iam venerá-lo. Segundo voz popular, houve um momento em que os caselhenses, para não terem que subir a encosta para Sacões, tiveram a ideia de levar a imagem do santo para Caselhos. Parece mesmo que chegaram a transportá-lo, mas depressa se aperceberam de que, na sua terra, não tinham um espaço condigno para o colocar... Santo António regressaria a Sacões, mas ficaria sempre o desejo de, mais tarde, poderem ter um templo para o seu santo protector. A história ficou na memória colectiva e seria erguida então uma capela, inaugurada em 1999. Vieram contudo a optar por um outro protector, Nossa Senhora da Boa Sorte.
Cerdeira
Invocação de Nossa Senhora dos Milagres. Para sua padroeira, terá havido uma escolha entre duas opções, Senhora das Preces ou Senhora dos Milagres, sendo esta última a preferida, após auscultação à população. Foi inaugurada em 1962 e remodelada em 1982.
Cortecega
Invocação de Nossa Senhora das Neves. (ou de Nossa Senhora de Guadalupe, segundo Mário Ramos)
Esporão
Invocação de São Miguel. Construída em cerca de 1754, pelo padre António Lopes Falcão (placa na fachada exterior), com restauros posteriores que a modificaram significativamente. Ver mais informações em Esporão.
Folgosa
Invocação de São Simão. Outrora era referida também como de Nossa Senhora da Piedade. A História oral diz ter mais de 300 anos. Possui uma arquitectura mais própria de igreja paroquial, com arco a dividir a nave e tectos forrados a madeira pintada.
Góis
Invocação de São José. Inserida na Igreja Matriz de Góis
Invocação de Santo António. Referida em registos paroquiais de 1624. Em Junho de 1997, foram concluídas significativas obras de recuperação.
Invocação de Nossa Senhora de Assunção. Do início do século XVI, da época de D. Luís da Silveira, conde de Sortelha, que tinha uma devoção especial por esta Nossa Senhora Depois de restaurada em 1936, passaria a ser invocada a Nossa Senhora de Fátima. Situada no denominado "morro do castelo". E,a propósito, tem suscitado alguma controvérsia a existência ou não, neste local, de um castelo. “Castrum”, como indicado na primeira cópia da doação que se conhece, aliás apógrafa (nunca se teve conhecimento do original), era também denominação de antiga povoação fortificada, sem implicar a existência de fortaleza ou torre de vigia. Na sua versão em língua romance, “castrum” é traduzido por castelo, termo que tem sido transcrito, de documento em documento. Segundo a nossa opinião, não seria esse o sentido de “castrum”, por não ser crível que houvesse uma edificação de defesa num vale de horizontes limitados.
Invocação de São Sebastião. Formato hexagonal, com campanário. Não é conhecida a data da sua construção, mas é suposto ser do século XVII, segundo pesquisas de Mário Ramos (Arquivo Histórico de Góis, pp 232 e seg.). Por decreto de 1848, foi mandada anexar à Santa Casa da Misericórdia de Góis a administração da capela. (Mais informações em PATRIMÓNIO MATERIAL)
Liboreiro
Invocação de Nossa Senhora da Guia Com uma placa indicando a data 1888.
Luzendas
Diz-se que a sua capela de invocação a Santo António, de que se conhece um Livro de Contas iniciado em 1775, teria sido construída pela população quando, em seguimento a uma grande tromba de água, as pessoas ficaram na iminência de abandonar as suas próprias casas, sem outro local para se abrigar. Outros contam que seria originada de uma promessa, se se viessem a secar as terras nas margens da lagoa de Sacões, que então banhava a povoação Parece ter tido confraria (AHG, vol. II, p. 238).
Na extremidade oeste da aldeia, a chamada Luzenda de Além (na Lomba), fica um santuário dedicado à Nossa Senhora de Fátima, mandado construir em cerca de 1963.
Manjão e Vale de Moreiro
Invocação de Nossa Senhora da Nazaré. Quando Vale de Moreiro e Manjão estavam bem distanciadas uma da outra, a sua capela situava-se em local ermo, servindo de fronteira entre as duas povoações. Conhece-se um seu missal com a data de 1644, bem como obras de benefício em 1950, com a construção de uma sacristia. Em 2000, seria completamente restaurada. Devia ter tido confraria (AHG, vol. II, p. 242).
Nogueiro
Invocação de Nossa Senhora dos Remédios. O seu protector era Santo António, mas, posteriormente, terá sido preterido. Da capela antiga, que ocupava o espaço da actual sacristia, resta uma pedra com uma inscrição ainda não decifrada. A sua construção é anterior a 1763, tendo sido pertença dos proprietários da Quinta do Baião, de onde (Capela do Salgueiral) viriam os seus altares. Em 1789 tinha confraria.
Outeiro
Invocação de Nossa Senhora da Rocha. Serve os naturais de Piães e Outeiro, duas povoações muito unidas, em que os mais idosos recordam a tradicional “Corrida de Entrudo” e o cortejo canavalesco, muito participado, que percorria as povoações vizinhas. Conta a voz popular que um homem, natural de Outeiro, encontrando-se perdido no alto do mar, teria prometido que, se se salvasse, construiria uma capela, acarretando, ele próprio, todas as pedras necessárias. E teria concretizado essa promessa, em terreno seu, no alto do Outeiro, invocando a Senhora da Rocha.
Ponte do Sotam
Invocação de São Gens e de Santa Ana. De dimensões de igreja, esta capela foi construída pela população, em 1969. Para ali foram levadas as imagens dos dois santos, de uma antiga capela, cuja data mais antiga conhecida, a indicada no seu Livro de Contas, é 1750, provavelmente com confraria.
Por volta de 1940, seria erguido o Santuário de Nossa Senhora do Rosário do Céu, ou de Nossa Senhora do Pinhal, que tem servido de peregrinação todos os anos, em 12 de Maio e 12 de Outubro. Uma moça, Ilda de seu nome, afirmava que lhe aparecia Nossa Senhora no meio do pinhal e tão insistentemente o fazia, que convenceu a população, parecedo-lhes que alguns pedidos estavam a ser atendidos. Construiu-se então um nicho onde foi colocada uma imagem semelhante a outra existente em Góis, e, mais tarde, o Santuário. Parte do revestimento é feito de pedras da região, com vestígios de bilobites.
Póvoa de Góis
Invocação de São Sebastião. Como a primitiva capela era pequena para albergar os fiéis e se encontrava deteriorada, foi construída uma outra no mesmo lugar, inaugurada em 1981. Devia ter tido confraria (AHG, vol. II, p. 240).
Ribeira Cimeira
Invocação de Santa Rita. Serve as aldeias Ribeira Cimeira, Ribeira Fundeira e Pena. Supõe-ser do século XVIII. Foi construída onde, segundo se dizia, teria aparecido a santa, preterindo-se assim um outro local que era mais do agrado da população. Conta-nos a História que Santa Rita, viúva de Roca Porena, mãe de vários filhos, teria tido dificuldades em ser aceite no mosteiro dos Agostinhos, perto da sua terra natal, por não ser donzela. Por essa razão ou não, é mantida aqui, nas Ribeiras, a tradição de a santa não sair nas Procissões, ficando sempre resguardada na capela.
S. Martinho
Invocação de São Martinho. Homenagem também a Santa Marta e Nossa Senhora de Fátima. Construida pelo povo, seria inaurada em 4.3.1990 (placa alusiva na frontaria). No mesmo local, havia outra antiga, mais pequena, donde veio o santo. Serve também as povoações Vale de Godinho e Vale Boa. Os mais velhos lembram-se das animadas festas que reuniam as pessoas das três povoações, cada uma nomeando um mordono, e, em conjunto, homenagearem o padroeiro comum,
Vale de Maceira
Invocação de São Geraldo (Arcebispo de Braga, séculos XI e XII). Deve ter tido confraria (AHG, vol. II, p. 241).
Vale Torto Antes de Cerdeira ter capela, de invocação de Nossa Senhora dos Milagres, a sua população protegia-se junto de Santa Rita, na Ribeira, durante o inverno, e de Senhora do Desterro, nas Mestras, durante o verão.
CAPELAS EXTINTAS
Em Góis Invocação de Santa Isabel. Na Quinta da Lavra de Cima, com licença passada em 25 de Novembro de 1752.*
Invocação do Espírito Santo. Anexa ao antigo Hospital, na Praça da República. Construída no início da segunda metade do século XVI.
Invocação de Santa Rita. Na antiga Quinta do Salgueiral (Baião). Mandada fazer em 1734, supostamente por uma descendente de Francisco Cabral Belo, capitão-mor em Góis, tendo sido benta em 6 de Janeiro de 1735.* Num missal, em meu poder, tem (manuscrito e assinado): "Heste Missal hé de Sta Rita do Salgueiral de Goes: o dono e Francisco Barreto Botelho da Gama Lobo. Em 11 de Junho de 1830).
Invocação de S. José. Na Quinta de Albergaria, pertencente a Manuel Augusto Baeta Queiroz. e Francisco Tomé. Segundo Mário Ramos, "por escritura de 8 de Julho de 1735, José Barreto Perdigão vinculou bens à fábrica da capela, que, com a invocação de S. José, construiu junto àquela sua casa".*
Invocação de ? No bairro de São Paulo. Era inicialmente do povo. Segundo deliberação da Câmara Municipal, em 16 de Maio de de 1745, foi entregue a sua administração a membros da família Sanches, que tinha o seu solar naquele bairro, podendo ter nela sepultura da família.*
Invocação de São Vicente. No Cimo da Vila. Hipótese colocada por Mário Ramos*, pela existência de antiga toponímica em rua, largo e soito. Mas nunca foi encontrada qualquer referência expressa a esta capela.