Banda Filarmónica da Associação Educativa e Recreativa de Góis
Vamos considerar três períodos distintos na vida da Banda Filarmónica. 1º Período (1834?-1877) Diz-nos a tradição local que a filarmónica goiense terá iniciado a sua actividade em 1834, num ano em que começavam a despontar em Portugal as bandas filarmónicas. Desconhece-se contudo qualquer documento que o comprove. A primeira actuação de que se tem conhecimento testemunhal é apenas em 1855. Quando D. Pedro V é aclamado rei, no dia em que completa 18 anos de idade, a 16 de Setembro, a Câmara Municipal de Góis comemora esse facto, iluminando os Paços do Concelho, mandando rezar um Te Deum na igreja matriz e promovendo uma actuação da Banda Filarmónica local. Era então regida por Joaquim do Espírito Santos Ferreira, um dos seus nomes históricos, o “senhor Ferreira”, como vulgarmente era conhecido. Reuniam-se na sala sobre a sacristia nova, a “sala dos ensaios”, que servia também para as sessões da Junta da Paróquia. Manuel Martins Nogueira e António da Cunha e Frias eram, nessa época, dois dos seus principais dinamizadores. A Banda adquire nome, “sendo chamada a abrilhantar festividades de responsabilidade a muitas das principais terras da Beira e até em algumas dos arredores de Coimbra, como Pereira do Campo e Ceira, baluartes até então invulneráveis para quantas não fossem da cidade”, escrevia um conceituado cronista dos anos 30. Os seus ensaios, duas vezes por semana, são descritos como autênticos concertos, com que o povo, sentado nos bancos do adro da igreja, se deleitava.
2º Período (1887-1933) Em 9 de Março de 1887, são aprovados os estatutos da nova “Sociedade Filarmónica Goiense”, de modo a satisfazer os requisitos legais. Foi numa assembleia de antigos filarmónicos, realizada na sala dos ensaios, tendo presidido o mais antigo filarmónico presente, Francisco da Silva Nogueira. São testemunhas Francisco Inácio Dias Nogueira, proprietário, e António Luís, serviçal, na presença do tabelião António da Cunha e Frias. Assinam esse documento os filarmónicos Francisco da Silva Nogueira, Francisco Afonso dos Reis, Constantino Alípio Henriques, Francisco Alves Nogueira, José Bento dos Reis, António Barata Correia Júnior, António Bento dos Reis, Augusto Henriques, António Tomé, Claudino Nogueira, António das Neves Sanches e César Dias das Neves. A animada luta política que então se travava entre os partidos que, rotativamente, ocupavam o governo do país, vai levar a uma cisão da Filarmónica, como aliás aconteceu noutras vilas de prestígio e de grande actividade política. Passou-se em 1890, quando presidia a Câmara Municipal, José Fernandes Antunes de Carvalho Júnior. Formam-se então duas Bandas, cada uma conectada com uma fracção política: a Progressista, regida pelo Joaquim Ferreira, e a Regeneradora, que, à falta de maestro, opta pelo seu antigo músico César Dias das Neves. A primeira é alcunhada de “Chata” (os progressistas locais eram, para os seus adversários políticos, os chatos). Fica com o maestro, a sala de ensaios e os melhores músicos. A segunda banda, sob a direcção de Francisco Inácio Dias Nogueira, passa para a posterioridade com o nome de “Cachimbana”. Começa a reunir numa das salas da Casa da Quinta, que pertencia a uma família regeneradora. As duas bandas mantém entre si uma viva disputa, cada uma tentando suplantar a outra em execução e apresentação. As suas casas de ensaio transformam-se em autênticos centros políticos, com ensaios quase diários, pretextos para a política e para a politiquice. Mas segundo reza a história, narrada por pessoa da geração seguinte, havia grande estima entre os seus componentes, com boa convivência, já que as lutas travavam-se sobretudo entre os seus patronos. A cisão traria também a vantagem de proporcionar um alargamento do ensino da música, pois era necessário completar agora duas bandas, em vez de uma. «Nesse tempo, o pedaço de estrada que vai de Góis até à fonte do Pé Salgado, oferecia-nos o delicioso aspecto de fresco e ridente jardim, tal era a exuberância de roseiras e outros arbustos das mais variadas florescências com que a paciência, zelo e bom gosto do cantoneiro José Simões – o pândego – dispôs, tratou e conservou, até à sua invalidez, os dois renques que ladeavam a estrada, como se fora florida a extensa avenida. (…) Em algumas tardes de domingo ou de dias santificados, as duas filarmónicas locais ali exibiram os melhores trechos musicais dos seus reportórios, e, conquanto a vila sofresse já ao tempo as consequências das tenazes lutas partidárias de que foi teatro, a verdade é que a população ‘algo’ retraída e como que medrosa de comparecer, lá acorria quase em massa, apesar da iminência de severa reprimenda por haver concorrido possivelmente para relativo brilho de parada, abrilhantada pela ‘música’, mantida ou amparada pela política contrária.», assim nos descreve um cronista da imprensa local, que na sua juventude vivera esses tempos. Em 7 de Junho de 1907, em ambiente de pré-revolução que se instalara no país, o Rei D. Carlos (que seria assassinado em Lisboa oito meses depois) passa por Góis, a caminho de Arganil, para ali assistir aos exercícios finais do exército. É recebido na Praça (denominada depois da República), manhã cedo, pelas entidades oficiais e por muito povo. A Câmara Municipal, presidida então por Francisco Inácio Nogueira, era regeneradora, de certo modo apoiante da conservação da realeza, enquanto o Partido Progressista estava mais ligado à corrente republicana. Mas as duas bandas quiseram nesse momento prestar homenagem condigna do concelho de Góis ao seu Rei e ambas tocaram, perante a comitiva real, o Hino da Carta. D. Carlos terá dirigido palavras de apreço pela sua actuação. Entretanto, a “Chata”, já com a sua sede na rua dos Seixos, tinha começado a declinar, com poucos músicos e falhas de organização. E a Regeneradora não tardaria a ultrapassar a sua rival em qualidade artística e prestígio. Tinha nascido em bom local, praticamente no interior dos Paços do concelho, era politicamente bem apadrinhada, os seus ensaios ouviam-se ali mesmo no centro da vila. Vem a ser considerada uma das mais modelares filarmónicas da província, tanto do ponto de vista artístico como disciplinar. Para tanto, muito contribui Francisco Inácio Dias Nogueira, com o seu apoio e entusiasmo. Nos últimos anos da República, eram frequentes os seus concertos aos domingos, no Pé Salgado, no seu vistoso fardamento, em que a cor encarnada predominava. No interior da igreja matriz, em festividades religiosas, actuava no denominado “coro da música”, um patamar de madeira com escadaria de pedra encostada à parede norte, logo a seguir à porta de entrada. Teria como regente, José Freire de Macedo, que lhe deixou um cunho pessoal. Mas, ainda no tempo da monarquia, a Filarmónica Regeneradora é dirigida por Abílio Martins Adão, um dos maestros que mais a marcaria, pela dedicação que mostrou em três épocas da sua vida. Era um dos quatro irmãos Adão, todos actuando na Banda: Manuel (com o seu famoso cornetim, cujos acordes, de sua casa, encantava a vila), Aristides, Abílio e José.
Após a implantação da República, em 1910, ficaria apenas uma banda, agora denominada “Filarmónica Independente”, por vezes, também “Filarmónica Goiense”. E no dia um de Dezembro desse ano, nos festejos comemorativos dessa data histórica, a da restauração da independência nacional, tocaria pela primeira vez “A Portuguesa”, o novo hino nacional. Nos inícios de 1911, Francisco Inácio decide deixar a direcção da filarmónica, devido aos seus afazeres profissionais. Também Abílio Adão parte para Manaus (Brasil), em meados de 1911, onde se encontrava implantada uma significativa comunidade de goienses emigrantes, e a regência passa para Francisco Ferreira. Estes factos reflectem-se negativamente na actividade da Banda. Manuel Martins Nogueira, que no passado tivera já um papel importante na reorganização da Banda, toma a iniciativa de dar continuidade à obra do seu genro, Francisco Inácio, e com a colaboração de Francisco Afonso Reis, César Dias das Neves e Joaquim Gomes Ferreira, consegue que a Banda prossiga com entusiasmo. De Manaus, chegava apoio financeiro, de Manuel Cerdeira (outro seu grande admirador) e de uma quotização por si aberta entre os goienses ali radicados. A Banda chega a ter momentos altos nesses primeiros anos da República, mas pouco a pouco vai ficando fragilizada. Por dificuldades financeiras, por algumas intrigas políticas e pela crise que o país atravessava. A Grande Guerra batia-nos com força á porta e alguns músicos partem para os locais das hostilidades. Em Abril de 1915, Filipe da Cruz é nomeado o seu novo regente. Apesar dessas contrariedades, a banda vai resistindo com os músicos que permanecem, ensaiando e actuando em público esporadicamente. Tem-se conhecimento, por exemplo, da sua aparição entusiástica nos finais de 1917 (muito se devendo então a Álvaro Nogueira de Figueiredo), actuando com brilhantismo na missa do Galo, sob a regência novamente de Abílio Martins Adão (regressado a Góis, depois de se ter reformado); no dia 14 de Julho de 1919, na festa realizada pela assinatura da paz internacional; ou em 2 de Abril de 1926, Sexta Feira Santa, em que executam a Marcha Fúnebre na Procissão do Enterro, sempre sob o nome de Filarmónica Independente. E certamente terá tido outras participações importantes, de que não temos notícias escritas. Por vezes, ensaiavam na primitiva casa de ensaio, cedida pelo padre Pinto, que teve um papel muito colaborante. O tempo vai decorrendo, até que, no início dos anos trinta, em ambiente mais favorável, consequente da nova política nacional que tinha posto fim à barafunda que até então se vivia no país, alguns dos mais “veteranos” interessam-se com entusiasmo pela reorganização da “sua” filarmónica. Entrava-se num novo período.
3º Período (1933-…) Desde os inícios da década que se vinha tentando estruturar administrativamente a Banda, para dar apoio àquele punhado de músicos que persistentemente continuavam a praticar a sua arte e sempre predispostos a actuar em festividades. Em 1932 são regidos os novos estatutos, de acordo com a lei da época, e enviados para registo em 5 de Dezembro. E no dia 9 de Abril de 1933 seria fundada formalmente a nova associação, a “Sociedade Filarmónica Recreativa Goiense”. Fernando José Ferreira, na época já estabelecido industrialmente em Lisboa, e Adelino da Costa Alves Ribeiro, personalidade influente na sociedade local, ambos antigos executantes da Banda, são dois dos seus principais impulsionadores, os quais viriam mais tarde a ser homenageados pela Câmara Municipal, a título póstumo, com colocação dos seus nomes na toponímia local. A primeira Direcção eleita é constituída por Francisco de Campos Nogueira (Presidente), Guilherme de Almeida Alves Melão, Fernando Pires de Carvalho, Adelino da Costa Alves Ribeiro e José de Campos Nogueira, todos eles, também entusiastas da sua reorganização. O “velho” Abílio Martins Adão, que a vinha ensaiando, é nomeado o seu regente. Já o tinha sido na Monarquia e na I República e, agora, pela 3ª vez, na II República. É um reinício comemorado com uma das maiores festas que até então se tinham feito na vila, facto que faria notícia na imprensa regional e lisboeta. O Eng. Álvaro Dias oferece à música a bandeira da antiga filarmónica, que se encontrava em seu poder: «Está ali o estandarte da antiga filarmónica, que atesta e lembra todo um passado de glória. Como não tendes bandeira, lembrei-me de oferecer aquela. Porque, se para mim ela é querida pelas recordações que encerra, a que se relacionam com a vida pública do meu pai, também para muitos de vós ela conterá recordações bastante gratas, o que me garante que será respeitada dignamente pelas vossas mãos. Se assim o quiserdes, ficará pois sendo aquela bandeira, a da vossa filarmónica e ela irradiará sobre vós todo o vosso passado glorioso de respeito e de disciplina (…)». O estandarte foi confiado à filarmónica que atravessou, triunfante, as ruas da vila, apinhadas de muita gente, em direcção a São Paulo, executando a marcha “Saudação a Góis”, de autoria de Fernando Ferreira. O estandarte, artisticamente confeccionado, pertencera à antiga filarmónica regeneradora, à qual fora oferecido por Francisco Inácio Dias Nogueira em 1903. Em 1939, é fundada a Associação Educativa e Recreativa de Góis e nela integrada a Banda, que toma a denominação da nova associação. Eng. Álvaro de Paula Dias Nogueira, então vice-presidente da Câmara Municipal, um dos principais fundadores e animadores da associação e amante da música, compondo-a e tocando-a ao piano e ao violino, dá-lhe um expressivo contributo. No dia 9 de Julho de 1961, é inaugurado o coreto do parque de Cerejal, construído a expensas de Fernando José Ferreira. A sua grande paixão pela música (além de executante, foi também compositor), levou-o a oferecer este melhoramento a Góis, assim incentivando a actuação da Filarmónica e atraindo mais jovens à prática musical. Em Agosto de 1935, com a morte de Abílio Martins Adão, é nomeado novo director artístico, Serafim Marques Gomes de Araújo, professor primário. Posteriormente, seriam regentes, António Coelho, António Campos, Manuel Sarrazola, António Granjo, Alexandre Joaquim, Adriano Soares (1992-1995), a que se seguiria o actual maestro, Paulo Monteiro. Humberto Carneiro de Matos também regeria a Banda durante alguns períodos, na ausência de maestros contratados. Manuel Ferreira da Naia Sarrazola (1915-1988) é um dos maestros que mais notabilizou a Banda, quer como músico e regente, quer como compositor e director da escola de música que criou. Quando completa 45 anos de actividade ao seu serviço, em 8 de Novembro de 1986, recebe uma significativa homenagem da população de Góis, ao mesmo tempo que é louvado pela Secretaria de Estado da Cultura, pela contribuição que dera ao desenvolvimento da cultura. A sua última actuação pública seria numa recepção ao então Primeiro-Ministro Prof. Cavaco Silva, na sua visita ao concelho em 23 de Abril de 1988. O seu nome está também na toponímia da vila. Entre os momentos altos do período da sua regência, recorde-se: - a actuação nas Festas da Rainha Santa em Coimbra, em 1944, onde é distinguida com um lugar de honra. - a deslocação a Lisboa, em 1947, incluída numa delegação oficial em representação dos concelhos da Comarca de Arganil, no âmbito das comemorações do VII centenário da tomada da cidade de Lisboa aos mouros, tendo desfilado no dia 1 de Junho, na Avenida da Liberdade, perante os principais membros do Governo. Seria acompanhada pelo Rancho Coreográfico e pelo Corpo de Salvação Pública (Bombeiros), outras secções da A.E.R.G., tendo, como porta-estandarte, Armando Gualter Campos Nogueira, um dos actuais “veteranos” que corporaliza a instituição. Nessa altura, a Banda actuaria também na Casa da Comarca de Arganil. - em 1961, a participação no I Grande Concurso Nacional de Bandas Civis e Filarmónicas, realizado no Porto, em que se classifica em 3º lugar na sua eliminatória, entre 27 participantes, depois de ter sido apurada nas provas eliminatórias da região Centro.
Escola de música nos anos 80
Desde inícios de 1996, tem como maestro, Paulo Alexandre Nereu Monteiro, elemento da Banda da Região Militar do Norte, que tem elevado o nível técnico da Banda, com um reportório variado, para marcha e para concerto. A Banda continua sendo solicitada para várias localidades do país e a participar em eventos culturais, religiosos e recreativos, de âmbito regional e nacional, como aconteceu nas festas da Cidade de Lisboa e na Expo 98. Nos inícios do século XX, por duas vezes, desloca-se à região de Pontevedra (Galiza - Espanha), a convite das autoridades locais. Em 4 de Dezembro de 2004, participa nas festas do 50º aniversário da Casa do Concelho de Góis, dando um concerto no pátio da Universidade Autónoma de Lisboa. Em 2007, toma parte no Concurso de Bandas promovido pelo Museu de Água de Coimbra, sob orientação da Orquestra Clássica de Coimbra, ficando em 3º lugar. É distinguida com “Diploma” e “Medalha de Mérito” pela Câmara Municipal de Góis, que também delibera dar o seu nome a uma das ruas da vila, com descerramento da respectiva placa em 13 de Agosto de 2002.
O seu decano é Amílcar Henriques Marques, ainda executante, a caminho dos 58 anos de actuação, a quem a Câmara Municipal de Góis atribuiu a Medalha de Mérito do concelho. Mas com mais de 50 anos de actividade de músico, de que receberam medalhas comemorativas, assinale-se também Aníbal Rosa Nogueira, Álvaro Henriques Marques e Humberto Carneiro de Matos. Actualmente, conta com cerca de 35 executantes, em que a média das suas idades a torna uma das mais jovens das Filarmónicas do Distrito de Coimbra. Mantém uma Escola de Música frequentada por jovens de ambos os sexos, da qual têm saído a quase totalidade dos seus elementos. Maria Teresa Antunes de Campos Nogueira é a sua madrinha há mais de 50 anos. Tem gravações musicais em cassete e em CD. Na área administrativa é de salientar o trabalho e abnegação de Fernando Rodrigues de Carvalho Ribeiro, director em várias fases, por um tempo que ultrapassou uma década, nomeadamente no período difícil por que a Banda passou em 1974; e de Humberto Carneiro de Matos, que, com a actividade de músico, exercia simultaneamente as funções de maestro substituto e de director, tendo sido distinguido pela Câmara Municipal de Góis com a Medalha de Mérito do concelho. Entretanto, em meados dessa década, a Banda deixa de ter autonomia administrativa, passando a ser gerida directamente pela Direcção Geral da Associação Educativa e Recreativa de Góis, quando era presidida por Armando Gualter de Campos Nogueira. Em 2003, sucede-lhe António Rui de Sousa Coutinho Sampaio, actual Presidente da Direcção.
A Banda Filarmónica da A.E.R.G. foi sempre tida pelos goienses com o maior carinho e orgulho. Alguns momentos de maiores dificuldades foram transpostos com a dedicação e entusiasmo dos seus dirigentes e músicos e pela população em geral, sempre pronta a ajudar. O seu valor transcende o aspecto musical. Socialmente, alcança uma relevante importância pelo associativismo que cria e pelos valores de cidadania e de auto-confiança que transmite a muitos jovens. Com os seus mais de cento e cinquenta anos de existência, é também a mais antiga instituição associativa laica do concelho, ainda que renovando ao longo do tempo os seus estatutos, de acordo com as leis e as necessidades, e alterando a denominação, algumas vezes informalmente, conforme a vida política e social local impunha – Filarmónica Goiense, Filarmónica Progressista, Filarmónica Regeneradora, Filarmónica Independente, Filarmónica Goiense, Sociedade Filarmónica Recreativa Goiense e, por último, Banda da Associação Educativa e Recreativa de Góis. Pela sua longa História, pelas individualidades que lhe deram o seu contributo, pelas actuações realizadas dentro e fora do concelho, a Banda Filarmónica da Associação Educativa e Recreativa de Góis é, sem dúvida, o baluarte cultural mais representativo da comunidade goiense.