Data do ano 1923, a primeira notícia sobre organização de um rancho folclórico em Góis. A Companhia de Papel de Góis realizou, no dia 2 de Julho daquele ano, uma grande festa nas suas instalações de Ponte do Sotam, e ali apresentou-se um rancho, devidamente equipado, organizado e ensaiado por Óscar da Silva Cabral. O rancho actuaria também nesse dia nas ruas da vila de Góis.
Rancho da Associação Educativa e Recreativa de Góis
As suas origens datam ao ano 1937. Sob a direcção de Raul de Mesquita, é preparado um rancho, cuja primeira actuação seria nas grandes festas do Castelo, em 11 de Setembro. Decorriam então as obras de alindamento do largo, depois da restauração da capela, obras essas que seriam inauguradas apenas no ano seguinte. Era composto de 16 pares, agrupando, entre outros, Cláudio de Campos Nogueira, Armando Gualter de Campos Nogueira, José Maria Neves da Silva Poiares, Gastão da Silva Barata, Anselmo António da Rocha Barros, Ventura Sequeira Esteves Tomé, Ilídio Simões, Miguel Álvaro Sanches, Romeu Alves Baptista, António Afonso dos Reis, Esmeralda Gonçalves da Cunha, Maria Amélia Rodrigues Bandeira, Palmira Sanches Nogueira, Maria Guilhermina Sanches Nogueira, Margarida Antunes, Anália Nogueira Pereira, Alice da Silva Nogueira. A orquestra era constituída Eng. Álvaro de Paula Dias Nogueira (violino), Augusto da Silva Nogueira (violino), David Gonçalves da Cunha (rabecão), Francisco Ramos (violino). Nessa primeira apresentação pública, é dançada e cantada, pela primeira vez, a “Marcha do Rancho”, com música e letra de Eng. Álvaro de Paula Dias Nogueira. (...) Saudemos a nossa terra Alegremente Sempre dançando. O nosso Rancho de Goes Festivamente Passa cantando.
Em 1939, é constituída formalmente a Associação Educativa e Recreativa de Góis, na qual o rancho é incorporado. Actua algumas vezes em Lisboa, salientando-se uma na casa da Comarca de Arganil, e outra, na noite de 7 de Janeiro de 1953, no Coliseu dos Recreios, num espectáculo memorável, pelo brilhantismo e entusiasmo que provocou, na companhia de grandes artistas nacionais e perante uma assistência que enchia por completo a sala. Era então seu ensaiador, Saul Gonçalves da Cunha. Em 1986, é reactivado, com o nome “Juventude de Outrora”, integrando muitos dos antigos componentes dos anos 50, mantendo os trajes antigos e sob orientação de João Manuel Rosa Simões. Exibiu-se em Góis, em Arganil, Tábua e Leiria. Reaparece novamente em 2005.