FAMÍLIAS E GENEALOGIAS
Família Nogueira Ramos
Os primórdios dos Nogueira Ramos remontam à antiga Quinta do Salgueiral, em Góis. Localizada entre a Quinta do Baião e a Quinta da Capela, com o Ceira de permeio, a Quinta do Salgueiral fora de António Barreto Cabral (f. em 1688) e de sua irmã Jerónima Barreto Cabral, que nela instituíram um vinculo. Tinha capela, de invocação a Santa Rita, mandada construir por uma sua sobrinha em 1734.
Mais tarde a propriedade seria anexada à Quinta do Baião, quando era seu proprietário André Barreto Chichorro Perdigão de Vilas Boas (1820-1871), de uma família que, três gerações depois, se entroncaria com os Nogueira Ramos. Nos princípios do século XIX, ali residiam António Francisco Nogueira e Maria Victória Ramos. Seriam rendeiros, talvez feitores. Foi ali que se gerou e se criou o primogénito dos Nogueira Ramos. António Francisco Nogueira, n. a 1785 e f. a 12.11.1861, anteriormente casado, em primeiras núpcias, com Jacinta Carvalhas e de quem não teve filhos, e Maria Victória Ramos, f. a 12.11.1861, casaram em Góis a 15.4.1823, tendo legitimado nesse mesmo dia seu filho José, então já com 9 anos de idade. Maria Victória era filha de José da Costa e Victória Ramos, mas pouco conhecemos da sua anterior ascendência. Por sua vez, António era de ascendência goiense, por várias gerações, conforme se pode verificar no seguinte esquema: José Nogueira Ramos
Foi em José que se instituiu o apelido Nogueira Ramos, embora ele fosse conhecido também por José Ramos Nogueira. Isso nota-se tanto em documentos particulares como em actas da Câmara Municipal, onde frequentemente é referido o seu apelido nas duas maneiras.
Nasceu a 5.2.1814 em Góis e ali casou a 8.7.1835 com Joaquina Tereza das Dores (n. 2.6.1812 e f. em Góis a 2.5.1881). Ao que se sabe, não terá tido irmãos. Foi vereador em vários mandatos, tendo sido Presidente da Câmara Municipal de Góis no ano 1881, escolhido pelos seus pares (de acordo com o Código Civil vigente na época, o presidente era eleito anualmente entre os vereadores, por sua vez eleitos pelo voto popular de quatro em quatro anos). Faleceu em Góis a 15.9.1891, tendo tido três filhos, nascidos em Góis:. Mário Fernandes Nogueira Ramos teve sete filhos, quatro do seu primeiro casamento, com Alice Adelaide da Cunha Paredes, e três do segundo casamento, com Ângela Guilhermina Fisher Berquó Poças Falcão Bicudo Correia: Mário, Rui Manuel, Regina, Maria Camila e Manuel, Regina Teresa e Maria de São José.
O apelido Nogueira Ramos mantém-se ao longo de sete gerações. * * *
Notas ao esquema genealógico supra:
(1) José Ramos Nogueira (1836-1903) - Casado com Matilde Amélia de Paula, de Lisboa, e que através de sua filha Zara Zélia de Paula Nogueira (não do ramo Paula Nogueira, abaixo referido), originaria o ramo Maia Campos, ligado a Góis. (2) Manuel Nogueira Ramos (1838-1910) - Por quem seguiria o ramo Nogueira Ramos. (3) Maria José Augusta (1840-1884) - Casada com Manuel Inácio Dias, de Serpins, e que, através dos seus filhos, originaria os ramos Nogueira Dias, Dias Nogueira e Paula Nogueira, ligados a Góis. (4) Mário Fernandes Nogueira Ramos (1877-1938) (5) Laura (1889-1893) - Faleceu em Góis com 13 anos de idade.
|