Nasceu em Alvares a 3 de Fevereiro de 1902, filho de Manuel dos Santos Ferreira (1875-1952), natural de Cadafaz, e de Rosalina Henriques de Matos e Cunha, natural de Pampilhosa da Serra, ambos professores. Fez os seus estudos em Coimbra, onde terminou ocurso de Professor Primário em 1924. Casou em Pombeiro da Beira com Filomena Coreia de Frias. Exerceu a sua actividade de professor em várias localidades da Beira, nomeadamente, Pombeiro da Beira, S. Gião (Pampilhosa da Serra), Montemor-o-Velho, Bordeiro e Granja do Ulmeiro. Ocupou os cargos de Presidente da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra e da Junta de Freguesia de Alvares. Foi um dos fundadores da Associação Recreativa Alvarense, em 1930, para a qual elaborou os respectivos estatutos, sendo o seu primeiro Presidente. Desde muito novo que mostrou inclinação para a poesia, produzindo dezenas de poemas, em verso e prosa, e preocupando-se em transmitir conhecimentos históricos, de pessoas e de terras por onde passou. Em Granja do Ulmeiro publicou com regularidade, desde 1959 até morrer, um folheto, que denominou “Sol Poente”, de poesia e recordações, que divulgava entre os amigos. Alguns jornais também acolheram algumas suas obras.Várias das suas poesias são dedicadas a Alvares e ao concelho de Góis, mostrando sempre uma grande afeição pela sua terra natal. É o caso de Goes (1953), Alvares e o Sinhel (1953), O Pelourinho de Alvares (1953), O Penedo de Góis (1955), Cadafaz (1956), Hino Regional Goiense (1956), Minha terra natal, ninho de amor (1957), As cinco irmãs, onde tenho os olhas meus - Alvares, Cadafaz, Colmeal, Góis e Vila Nova do Ceira (1960) e outras mais. Em Memórias da vila de Alvares (1951), faz várias anotações históricas sobre o passado da sua terra. Utilizou frequentemente o pseudónimo Elmanso ou Elmanso Beirão. Mas, em outras vezes, também usou Goes Alvares, Nalesom e Rádio-Fama ASF. Morreu em Soure, onde residia após a sua aposentação, a 7 de Janeiro de 1986, com 84 anos de idade.