Nasceu no Colmeal a 22 de Abril de 1929, filho de Manuel Francisco de Almeida e de Ricardina de Jesus Dias Duarte. Foi professor do Seminário da Figueira da Foz, ordenado em 22 de Dezembro de 1951, tendo celebrado a 1ª missa no Colmeal em 1 de Janeiro de 1952. Emigrou para Moçambique em 1954, onde, em Lourenço Marques (Maputo), trabalhou na pastoral em várias actividades relevantes, nomeadamente como director do Centro de Investigação Pastoral. Na Beira, onde foi Vigário Geral da respectiva diocese, assumiu a direcção do “Diário de Moçambique”, colocando a sua pena ao serviço da causa da libertação dos mais pobres e oprimidos, tendo isso valido-lhe "a vigilância permanente da Pide e, a 28 de Maio de 1971, a imposição de abandonar Moçambique no prazo de 24 horas”. A 16 de Junho de 1962, foi designado pelo papa João XXIII como seu prelado doméstico com o título de Monsenhor. Regressado a Portugal, e sempre vigiado de perto pela PIDE, foi pároco do Colmeal de 1973 até Setembro de 1975. Foi director espiritual do Movimento dos Cursos de Cristandade, capelão das Carmelitas Descalças do convento de Santa Teresa de Coimbra e do Seminário, e director do semanário “Correio de Coimbra”. Em Novembro de 1983, voltou às lides jornalísticas, aceitando ser director do “Correio”, onde se impôs com os seus editoriais, bem como com os seus comentários mordentes, na coluna “arame farpado”. Além de homem de acção, era um intelectual na áreas teológica e filosófica. Deixou obra escrita, nomeadamente Cursos de Cristandade em Renovação, O Erguer das Nossas Mãos Vazias,Senhor Não Te Canses, Leigos Segundo o Espírito, No Alvor do Quarto Dia. A Câmara Municipal de Góis concedeu-lhe a medalha de mérito do concelho. Morreu em Coimbra a 29 de Abril de 1999.