Nasceu em Góis, onde seus pais, Manuel Lopes Marques e Maria Luísa de Carvalho viviam, e ali foi baptizado a 29 de Março de 1683. A sua ascendência já era do concelho, a sua avó paterna, Helena Marques, era oriunda do Cadafaz, e sua avó materna, Luísa Francisca, da Luzenda. Era de família humilde e pobre, o pai sapateiro, o irmão ferrador, e com mais quatro irmãs em casa. Matriculou-se em 1701 na Universidade de Coimbra, sendo admitido no ano seguinte nas Ordens Menores. Em 1708, tirava o grau de bacharelato e depois o de licenciatura. Em 24 de Outubro de 1709, com 26 anos, começa a paroquiar a freguesia da Várzea de Góis, onde permaneceria durante 22 anos. Daqui, é promovido a abade, na região do bispado do Porto. Exerce a sua actividade no norte do país, vindo a falecer, em 29 de Maio de 1759, com 76 anos de idade, em Salvador de Ruivães, do arcebispado de Braga, onde então era abade. O padre Bento, como ficou conhecido, veio a considerar a Várzea de Góis como se fosse a sua própria terra, tendo para ali trazido a mãe, depois de viúva, e as suas irmãs. Uma delas, Ana Catarina Lopes de Carvalho, casaria com Luís António Barata Neto, morgado da Casa da Cancela. Em 1747, faz escritura de doação dos seus bens para património da futura capela da Costeira, a qual seria benta em 18 de Outubro de 1748. Funda a Casa da Costeira, quando, por testamento em 26 de Abril de 1759, pouco tempo antes de morrer, deixa os seus bens vinculados em morgado, nomeando, para primeiro administrador, seu sobrinho, Luís António Lopes de Carvalho. Por este testamento, faz outras doações, nomeadamente um terreno à Igreja local e mostra desejo de ser sepultado na Capela da Costeira, que mandara erguer.