Terceiro Senhor de Góis, da era dos Silveiras. Seu avô, Diogo Martins da Silveira, iniciara o reinado dos Silveira em Góis, ao casar com Beatriz Lemos de Gois. Luís da Silveira, primogénito de Nuno Martins da Silveira, terá nascido, de acordo com alguns indícios, na vila de Góis, nos Paços Velhos, no início da década 70 do século XV. Vai para junto da corte ainda jovem, casa com Brites de Noronha Coutinho, herda o senhorio das terras de Góis, por falecimento de seu pai em 1528, e morre no primeiro semestre de 1533, supostamente em Góis, onde se encontra enterrado. Foi figura de destaque na sua época. Cortesão, homem de cultura, servindo D. Manuel e D. Joâo III, guerreiro, embaixador na corte de Castela, foi-lhe concedido o título honorífico de Conde de Sortelha. Passa uma parte do período final da sua vida em Góis, onde manda erguer um conjunto de construções que muito valorizariam o património e a arquitectura da vila. Entre elas, saliente-se a capela-mor da Igreja matriz, com o seu túmulo e estátua, a ermida da Nossa Senhora da Assunção (o “Castelo”) e os Paços Novos, junto ao rio Ceira, já desaparecidos.