Nasceu em Corterredor, freguesia de Cadafaz, a 10 de Janeiro de 1814, filho de Joaquim Baeta Neves e de Maria Afonsa Manuel, ambos de Corterredor, onde residiam. Foi muito novo para o Brasil (Minas Gerais), chamado por dois tios seus, naturais de Góis, e que para ali tinham emigrado nos finais do século XVIII. Casou em 1837, com Ana Quitéria de Sequeira Alvim, tendo 9 filhos, e tornou-se um conhecido proprietário local. Era irmão do comendador Joaquim Lourenço Baeta Neves, natural de Góis. Prestou ao concelho, numerosos e valiosos benefícios, nomeadamente: na freguesia de Cadafaz, cinco pontes em pedra (duas nas Mestras, duas em Corterredor e uma no Tarrastal, todas sobre a ribeira do Tarrastal, e, a mais importante, na Cabreira), a escola masculina, os órgãos da igreja matriz e das capelas de Relvas e Corterredor; em Góis, o chafariz do Largo de Pombal (em 1858) e o restauro da Igreja Matriz. Em 21 de Junho de 1869, o rei de D. Luís concede-lhe o título de Barão de Loredo, “…ao comendador da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo, abastado proprietário, residente em Barbacena, Império do Brasil, …pelo apreço em que tenho os importantes serviços por ele prestados ao país [Portugal]…”. Na capela de Corterredor estão guardados, numa pequena urna de pau-preto, vinda do Brasil, os restos mortais de sua mâe, satisfazendo o pedido do filho. Por ter desaparecido, no grande incêndio de 1887 nos Paços do Concelho, um retrato a óleo de Manuel Lourenço Baeta Neves, a Câmara Municipal deliberou, em Janeiro de 1920, adquirir um outro retrato seu, à Câmara Municipal de Coimbra, para ficar exposto na sala das sessões, em reconhecimento e homenagem a este benemérito, o qual tem estado no Gabinete da Presidência. Morreu no Brasil em 1884.