Vai iniciar a linhagem dos Goes. O seu sogro, Anaia Vestrares, fora o primeiro donatário do senhorio, mas seria ele que passaria a usar o nome da terra. Julga-se que seja da família de Marnel, uma antiga casa da região de Vouga que descendia dos reis de Leão, cujos cavaleiros foram os primeiros infanções de Portugal e que integraram o grupo dos “companheiros de armas” de D. Afonso Henriques. Foi Dias por origem patronímica, pois era filho de Diogo Gonçalves. Teve lugar na corte de D. Afonso Henriques e foi um dos “boni homines” de Coimbra que, juntamente com o rei, aplicavam a justiça. Foi alcaide de Coimbra, de 1126 a 1137, sucedendo a Randolfo Soleimas. Esteve na batalha de Ourique, contribuindo para a vitória contra os muçulmanos. Pela bravura e coragem aí mostradas, teria adquirido o cognome de “Cid”, lembrando as façanhas guerreiras do célebre herói castelhano Rodrigues Dias, el Cid. As suas propriedades estendiam-se por Coimbra e pelos concelhos de Feira, Oliveira de Azeméis e Mortágua, doando algumas delas à Sé de Coimbra, ao mosteiro de Lorvão e ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde seria enterrado, a seu pedido. De sua mulher Maria Anaia, teve oito filhos.